Formandas da última turma lançam App que mapeia as áreas de vulnerabilidade em que vivem

Mais do que expandir os benefícios da tecnologia para as meninas, inspirá-las a ser além de usuárias, criadoras de tecnologias em uma área predominantemente masculina. Este é o objetivo do Projeto “Meninas em Rede” do Instituto Ramacrisna, apoiado pelo Criança Esperança. No dia 10 de março, em comemoração ao Dia da Mulher, o projeto forma sua última turma que na oportunidade vai lançar um aplicativo de mapeamento das áreas vulneráveis em que vivem.

Segundo a vice-presidente do Ramacrisna, Solange Bottaro, o “Meninas em Rede” é voltado para meninas em vulnerabilidade social das comunidades rurais atendidas pelo Instituto e visa aproximar este público, excluído das inovações devido a desigualdades e questões de gênero, a um ensino de competências digitais, de aptidões numéricas e verbais. O projeto potencializa a educação em ciências, tecnologia, engenharia e matemática, desenvolve ações de socialização, estimula a criatividade, o raciocino lógico e o pensamento crítico”, completa. 

FabLab Ramacrisna e empoderamento feminino

Na oficina de Tecnologia e Programação, realizada no FabLab Ramacrisna, as alunas aprendem os processos de desenvolvimento de aplicativos, incorporação das interfaces e a experiência do usuário nas plataformas nos dispositivos móveis, aprendendo a linguagem da programação para criar os aplicativos, com formulários e interfaces interativas, armazenamento de dados e comunicação com outros dispositivos. 

Como produto da oficina e como forma de avaliar o conhecimento adquirido pelas alunas, no dia 10 será feito o lançamento do aplicativo criado pelas 5 turmas que tem como objetivo conhecer a realidade local e principalmente, quais as maiores dificuldades enfrentadas por meninas e mulheres em suas comunidades. Após o lançamento o app estará disponível para download na Play Store.

O aplicativo, possibilitará ao Instituto Ramacrisna ter ainda mais proximidade com as carências locais e promover a sustentabilidade das intervenções e projetos futuros. E os dados serão analisados e discutidos com as meninas, como forma de criar estratégias interativas.

Programação da Semana da Mulher

Além da formatura da última turma do “Meninas em Rede”, ao longo da semana, de 6 a 10 de março, várias referências femininas que participaram de algum projeto do Ramacrisna e tiveram suas vidas transformadas, farão um bate-papo com as alunas atuais, sempre pela manhã e à tarde (às 9h e às 14h). 

Sobre o Ramacrisna
O Instituto Ramacrisna foi fundado em 1959, pelo jornalista Arlindo Corrêa da Silva, e desenvolve projetos de aprendizagem, profissionalizantes, culturais, de geração de trabalho e renda, de tecnologia, de esporte e lazer, entre outros. Atua junto a comunidades em situação de vulnerabilidade social de 11 cidades da Região Metropolitana de BH e já impactou a vida de quase 2 milhões de pessoas nos últimos 63 anos. Localizado em Betim/MG, o Ramacrisna é considerado referência em projetos de autossustentabilidade com o trabalho desenvolvido em sua fábrica de Cercas. O Instituto também possui uma parceria com a Fundação Dom Cabral desde 2008, com o objetivo de capacitar os gestores e implementar ferramentas gerenciais para melhoria de processos internos. Em 2022, ganhou reconhecimento internacional: o Thedotgood (antigo NGO Advisor) conquistando a 178ª posição no ranking global e a 12ª no ranking brasileiro. Nos últimos seis anos, o Ramacrisna ficou entre as 100 melhores ONG’s do Brasil, segundo o Prêmio Melhores ONGs.

Produção e curadoria de conteúdo com foco na transformação social e digital.