A comunicação é um importante e essencial meio para sensibilização social. Quando me formei, já sabia que era isso o que me motivava: fazer a diferença na vida das pessoas, contribuir de algum modo para uma sociedade mais justa, mais humana. Mas, como exercer a dimensão social da comunicação de modo efetivo? Quando queremos alguma coisa, buscamos alternativas, oportunidades para realizar. Sair da inércia para abraçar uma causa não é fácil, mas é possível.

Direitos humanos e direitos da mulher são temas que sempre estiveram presentes na minha vida profissional desde que me formei como relações-públicas (RP), em 2008. Após passar pelo curso de Publicidade e Propaganda percebi maior interesse pelas disciplinas de português, antropologia e psicologia, e decidi que precisaria seguir por outro caminho. A grade curricular de RP me chamou muita atenção pela amplitude e dinamismo de temas. Além disso, o curso me proporcionou, por meio de estágios e projetos de extensão, uma caminhada permeada pelas inquietações e necessidades trazidas por instituições sociais. Essa experiência aflorou o desejo de fazer da comunicação uma porta que abrisse alternativas para um mundo melhor.

Com isso, transformei a escrita, a pesquisa e as mídias sociais em recursos para trabalhar em favor de minorias e expandir olhares. Eu mesma me despi de preconceitos, expandi minha mente e aprendi que precisamos apurar nosso pensamento crítico, ouvir com mais discernimento e nos colocar a serviço. Sim, eu escolhi servir à humanidade, aos que precisam de lugar e voz para serem percebidos, vistos e ouvidos. Um trabalho gratificante, feito de muito esforço e sustentado por amor, pois em nossa capitalista sociedade ainda não há reconhecimento real para profissionais engajados na área social. Por isso, cada vez mais, as consultorias, assessorias e participações autônomas em projetos vêm atraindo os profissionais de Comunicação. Essa realidade vem apresentar uma nova configuração nas relações de trabalho, que exigem sempre mais redes de cooperação e apreço pela conduta profissional, mais dinamismo e criatividade para suprir determinadas faltas.

É enriquecedor compreender que, ainda como eternos aprendizes, possamos nos tornar agentes transformadores do nosso mundo. Nesta última semana tive o prazer de acompanhar e fazer a cobertura dos eventos do Projeto Diálogos pela Liberdade. O fato de ter criado o conceito que envolve esse nome, a identidade visual e ter participado de cada fase, desde a divulgação até a realização, me deu mais certeza de que estou no caminho certo. Pude participar, como roteirista, da produção de mais uma obra audiovisual que vem sensibilizar para questões como a violência de gênero, prostituição e vulnerabilidade social, o que, repito, me ensinou, me toucou como ser humano. Por isso, insisto na ideia de comunicar para o bem, por um mundo melhor.

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Cine-Diálogos – Dia 3 de Setembro de 2014

O Projeto Diálogos pela Liberdade deu um passo inicial na sua caminhada contra o tráfico de pessoas. Para atender à demanda da Secretaria Nacional de Justiça e  UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), realizou eventos com foco em violência de gênero e tráfico de pessoas, a fim de  promover uma abordagem adequada e de acordo com os compromissos nacionais e internacionais assumidos pelo Estado brasileiro, numa perspectiva de promoção de direitos humanos. O objetivo principal era sensibilizar e aproximar a sociedade brasileira da temática do tráfico de pessoas, apresentando mais informações sobre a existência e a complexidade de tal fenômeno e auxiliando no desenho de estratégias e ações de prevenção. Ao longo de 2014, uma série de importantes ações de sensibilização e prevenção vêm sendo realizadas pela Pastoral da Mulher por meio de debates e encontros para formar agentes multiplicadores.

Acesse http://dialogospelaliberdade.com