Hoje acordei sabendo um pouco mais do que ontem, mas, a cada momento, descubro que sei muito pouco ou quase nada. Somos seres famintos de informação e buscamos sempre mais. Aquele “além” que antes diferenciava rapidamente se torna ultrapassado. Vamos adicionando tecnologias e transformando o que outrora era moderno em passado. Pois bem, que venham somar os termos em nossa caixinha do saber, mudar os modos de escrever, de vender, de comprar, de ver, de interpretar, de encontrar sentidos diversos em um universo complexo simplificado.

Fazemos a leitura dinâmica de nossa linha do tempo, aprendendo e apreendendo palavras, engolindo notícias goela abaixo, emocionados, desatentos, acomodados na cadeira, mas conectados ao mundo por meio de uma rede em constante expansão.  

O mundo de hoje se apresenta em cores vivas, fotos dos momentos perdidos, registros do que se come frio, felicidades divulgadas dentro de uma revista chamada “Eu”, que tem no nosso dia a dia o seu sustento. Não há volta, apenas desespero em caso de apagão.

Nanda Soares